What about Cannabis: Patrick Martins Interview

Green Swallow Team - Artigo da Green Swallow - 1 de Junho de 2021
Veja a entrevista completa do Patrick Martins no website da Green Swallow
1. A planta, vulgarmente conhecida por cannabis, tem diversas espécies e suas variações e critérios são consideradas de diferentes formas - da cannabis recreativa à cannabis medicinal. Lojas como a Green Swallow trabalham com um terceiro ramo, o cânhamo industrial. Queria começar perguntando quais são as características que balizam o enquadramento dos produtos vendidos nessas lojas? Quais são os critérios a que tem de corresponder e quem - do lado do vendedor - certifica que estes são cumpridos?
R. O enquadramento europeu sobre esse tipo de produto é muito claro. Temos regulamentos a seguir tanto na venda, como também na origem desses produtos. Nomeadamente os produtos vendidos na União Europeia têm que ser desenvolvidos a partir de sementes averbadas no catálogo Europeu. Entrei em contato com vários advogados e todos eles deram pareceres positivos e reforçaram que os tratados internacionais, como os da União Europeia, estão acima das leis nacionais. Decidi então avançar com a primeira loja em Portugal em Março de 2019.
No final de 2019 criamos o conceito de franquia porque tínhamos muitos pedidos de empreendedores, ou até clientes, que também queriam começar a trabalhar com esse novo ramo promissor. Existe um regulamento europeu bastante extenso e convido todos os leitores a lê-lo na íntegra. Mas de uma forma geral, os produtos com origem de cânhamo podem ser vendidos desde que o nível de THC esteja abaixo de 0,2%. O THC sendo a molécula psicoativa da cannabis, é limitado por esse regulamento europeu e a Green Swallow para certificar esses teores de THC só trabalha, e apenas trabalhou, com empresas do ramo reconhecidas na Europa. Além dos testes e certificados dos produtos facultados, antes de qualquer envio de produtos, conferimos os teores de THC com a nossa distribuição com um segundo teste. Ou seja, nenhum produto da Green Swallow vai para as prateleiras sem ter sido testado pelo menos duas vezes.
Na realidade, este teor de THC autorizado deveria ser mais alto, uma vez que países onde os processos funcionam melhor do que em países europeus, já aceitam um teor de THC de até 1%, como o Canadá, a Suíça e a Austrália. Considerar o teor de THC abaixo de 1% foi uma decisão tomada por pessoas e entidades que não são especialistas do ramo e com a evolução do conhecimento sobre o CBD, os países estão a rever esse teor demasiado baixo. Já foi comprovado em um estudo recente da Universidade de Bolonha, na Itália, que o teor de 1% de THC não foi ressentido por nenhum dos participantes. Esses países decidiram aumentar esse limite para 1% após se comunicarem com cientistas, agricultores e produtores especializados. Dessa forma concluíram que para dar aos consumidores um produto de qualidade, esse era o teor de THC limite com o qual deveriam trabalhar.
Infelizmente vários países que não estudaram esse novo ramo, afinal mal conseguem fazer uma boa gestão de uma pandemia que já ultrapassa um ano, sequer introduziram na legislação do país o regulamento da União Europeia supracitado. Esse é o caso de Portugal.
Por isso, criamos recentemente a Associação de Comerciantes de Cânhamo Industrial, a qual presido, representada pelo Dr. João Nabais, com o objetivo de ajudar as autoridades a estabelecer e controlar esse novo mercado que é o do Cânhamo Industrial.
Aproveito essa entrevista para agradecer ao Dr. João Nabais por ter aceito representar a nossa Associação e pela sensibilidade ao perceber que vários casos conflituosos que envolviam autoridades e comerciantes tinham origem na falta de comunicação entres os mesmos.
Para ler a entrevista completa clique aqui.