Patrick Martins quer incentivar os emigrantes portugueses espalhados pelo Mundo a voltarem e/ou investirem em Portugal.
Crónica da Beth Marques - 11 de Março de 2023
“Políticas de incentivos fiscais e sociais, baseado em estudo sério para estímulo da contra-diáspora, é uma das propostas de Patrick Martins”
A emigração portuguesa não é um fato recente. Sua evolução ficou mais forte ao término do século XIX. Em breve análise, fica evidente as variações muito significativas desde o século XV, realçando a enorme saída da população para África e Índias Orientais e Ocidentais, fato que passou a ser uma constante também com a descoberta das minas de ouro e pedras preciosas no Brasil, com estimativa de 10.000 portugueses para essas paragens durante o século XVIII e 28.000 durante o século XIX. Razões econômicas, sociais e políticas contribuíram para desenvolver uma histórica tradição de cultura migratória. Seguindo ritmos distintos, registrando a emigração legal e clandestina, as oportunidades oferecidas a esta população deram origem à formação de diversas comunidades residentes no estrangeiro, contribuindo para o crescimento desses países.
Se historicamente Portugal é um país de emigrantes, é também um país de clima ameno, com desastres ambientais relativamente raros, perseguição política e religiosa sem grandes efeitos desde 1974, o que nos leva a concluir que a única explicação para o êxodo português atual é a procura por melhores condições de vida. Se as comunidades portuguesas, na emigração transoceânica ou intra-europeia, ou parte dela, fosse estimulada a um movimento contra-diáspora, trazendo seus conhecimentos e sua força de trabalho para território nacional, muito contribuiria para o desenvolvimento social e econômico de sua terra natal.
O tema é complexo, pois esbarra na já mencionada tradição histórica mas, com vontade política e um programa bem elaborado de incentivo a esse movimento, poderia ser uma forma de estancar ou minimizar os efeitos desse êxodo. Se, regra geral, os portugueses que emigram, conseguem acumular riqueza, isso precisa ser regra para Portugal! Ou seja, se os portugueses encontrassem em seu país oportunidades de emprego aliada à qualidade de vida e salário, permaneceriam em território nacional, contribuindo para geração de riqueza para seu país. O fato da diáspora ser tão grande, tem um significado profundo. Encontrando o mesmo estilo de vida em Portugal que usufruem no estrangeiro, com certeza voltariam! Uma geração inteira de jovens adultos, correm o risco de perder o sentimento nacionalista e que já nem pensem em voltar ao país de origem de seus ascendentes emigrantes!
Com população estimada de pouco mais de 10.343 milhões de habitantes, segundo censo de 2021, a corrente migratória para países da Europa, em especial França, seguido de Reino Unido, Alemanha, Luxemburgo, Suíça entre outros, registra aproximadamente 25% de seu povo emigrado. Políticas de incentivos fiscais e sociais, baseado em estudo sério para estímulo da contra-diáspora, é uma das propostas de Patrick Martins, pré-candidato à Presidência da República em 2026, caso eleito. Recuperar esses conterrâneos em outros territórios, absorvendo o know how adquirido em outras culturas, estimulando o sentimento nacionalista de todo patriota, seria de grande aporte para o desenvolvimento de Portugal, económica e socialmente.
Vale ressaltar que um programa para atrair investidores nacionais e estrangeiros, seria ponto de partida para o efetivo retorno desses indivíduos, visto que mais empresas, mais oferta de trabalho, salários melhores e mais renda. Não é simples, sabemos, mas os portugueses enquanto nação devem preocupar-se com o esvaziamento contínuo de sua população nativa, correndo o risco de perder, ao longo dos anos, sua identidade.
Cabe aqui um comentário grave e pertinente. Parcela específica do empresariado português trabalha sem estabilidade jurídica, podendo ver seu negócio penalizado repentinamente, gerando grandes transtornos financeiros e até emocionais, podendo levar até à falência total de empresas legalmente estabelecidas, como é o caso do também empresário Patrick Martins. Ele viu seu negócio, com faturamento declarado de quase 1 milhão de euros no primeiro ano de atividade, consequentemente engordando os cofres públicos com seus impostos, ruir abruptamente, deixando à míngua um contingente expressivo de colaboradores diretos e indiretos, sem contar as despesas com advogados e reputação manchada pela mídia, por conta de uma legislação insegura, dúbia e ineficaz.
Patrick Martins é componente em segunda geração de uma clássica família portuguesa, cujo os pais viram-se obrigados a sair de Portugal em busca de melhores condições de vida, frustrados por não conseguirem em seu país um resultado positivo fruto de seu trabalho. Residentes na França já há alguns anos, encontraram ambiente propício para desenvolverem suas capacidades intelectuais e profissionais, aportando em outra economia o que gostariam de oferecer à sua terra natal. O próprio Patrick Martins, jovem preparado para o ramo empresarial, tentou aportar seu conhecimento em solo português, insistindo ainda alcançar sucesso com suas empresas, quando foi implacavelmente perseguido pelo sistema de justiça arcaico e denegrido pela mídia. Quando, após um processo criminal desgastante, incluindo aqui várias detenções e de alguns de seus colaboradores, se provou a honestidade e integridade de seu negócio, já era tarde demais, os prejuízos financeiros jamais iriam ser recuperados, ruindo todo seu patrimônio adquirido com anos de trabalho. Segunda geração de uma família de emigrantes, este também se vê obrigado a sair de Portugal e receber de outro país o reconhecimento de seu talento, estabelecendo-se em Londres.
Patrick Martins, enquanto eleito, lutará pela estabilidade empresarial, buscando atrair investidores nacionais e estrangeiros que queiram participar de um novo momento de crescimento econômico do país, estimulando com isso a oferta de emprego, trazendo o movimento contra-diáspora já mencionado. Para isso precisará contar com os votos desse compatriotas emigrantes que, ainda como Patrick, acreditam no potencial de oportunidades de crescimento em terras lusitanas. Portugal deixará de ser apenas porta de entrada para Europa, mas será sim um país seguro e próspero para sua população como um todo.